O perfil do consumidor de e-commerce mudou no Brasil e no mundo

A Nuvem Shop, plataforma de e-commerce com mais de 18.000 lojas online, fez um estudo sobre o consumidor de e-commerce, por meio da análise do comportamento de mais de 1 milhão de consumidores. Os pesquisados são clientes das lojas da plataforma e realizaram mais de 120 milhões de visitas a estes sites.

Nos últimos anos, tem-se observado um crescimento significativo da utilização de dispositivos móveis, como reflexo do aumento da demanda por praticidade, mobilidade e agilidade nas atividades do dia a dia.

Uma pesquisa recente do Google sobre pessoas com capacidade de compra acima dos 16 anos, revelou que Coreia e China apresentam os números mais altos no cenário de 2017. Nos dois países, respectivamente, 92% e 83% dos habitantes  fazem uso de dispositivos móveis. No mesmo relatório, Brasil e Argentina, países de grande expressão no Mercosul e territórios de forte atuação da Nuvem Shop, apresentaram notável evolução nos índices, fechando o ano passado com um crescimento acima de 150%, em relação ao ano de 2013.

No mesmo estudo, os Estados Unidos também foram avaliados e o número de usuários de dispositivos móveis passou de 56% da população em 2013 para 78% em 2017.

Aumento das vendas em smartphones e tablets

Essa tendência afeta diretamente os e-commerces, que precisam adaptar-se aos novos hábitos de consumo. A Nuvem Shop, por exemplo, não tem mais lojas que realizam vendas exclusivamente via desktop. 14% das lojas da plataforma concretizam mais de 80% das suas vendas por meio de dispositivos móveis.

Um comparativo da evolução das visitas, em relação às vendas via dispositivos móveis, realizado entre as lojas hospedadas na plataforma, revela que, em 2015, 50% das visitas eram provenientes de mobile e 50% chegavam via desktop. Em 2016, os dispositivos móveis ultrapassaram os acessos por desktop, chegando a 58%, frente a 42% do dispositivo fixo. Em 2017, os números deram um salto ainda mais significativo, onde as visitas recebidas de smartphones e tablets chegaram a 69%, deixando o desktop completamente para trás, com apenas 31% dos acessos.

A mudança no comportamento dos usuários em relação ao dispositivo preferido de acesso às lojas online refletiram-se diretamente nas vendas, passando de apenas 30% das vendas efetivadas via mobile em 2016, para 45% em 2017: um salto de 50% em apenas um ano. Por conta de questões ligadas a confiabilidade e navegabilidade, o desktop ainda permanece com maior taxa de conversão de vendas, cerca de 55%, mas a tendência dentro dos próximos um ou dois anos, é que ocorra a mesma virada observada nos percentuais de visitação, com os dispositivos móveis assumindo a liderança na preferência dos consumidores para compra.

Ticket médio

Os valores de ticket médio das compras via dispositivos móveis ainda são mais baixos que os valores das compras em desktop. Em 2017, o ticket médio de compras feitas por smartphones e tablets foi de R$ 200,19, enquanto a média de valores das compras feitas no desktop chegaram a R$ 258,77. A confiança do consumidor em fazer compras de maior porte através desse tipo de dispositivo é um dos motivos para isso. Um consumidor com hábitos mais conservadores ainda tende a querer ver fotos e conferir detalhes do pedido em uma tela maior, antes de concretizar as transações. Porém, com as mudanças observadas no perfil do cliente online e a tendência à fabricação de dispositivos móveis cada vez mais sofisticados e repletos de novos recursos, esta realidade está prestes a se transformar.

Soma-se a isso o fato de que o cliente ainda está começando a experimentar e se sentir à vontade com esse tipo de transação. Nas primeiras experiências, o consumidor compra volumes menores, o que somado ao baixo valor de risco de investimento adotado por ele, resulta em um ticket médio inferior ao alcançado no desktop. A reversão desse quadro seguirá com o aumento da confiança em suas experiências positivas em transações online.

“As compras em mobile costumam ter menos quantidade de produtos e por isso a diferença em ticket médio. Mais um motivo para seguirmos trabalhando para oferecer uma experiência de compra ainda mais positiva nestes aparelhos.”, relata Santiago Sosa, CEO da Nuvem Shop.

Canais de atendimento

Os canais de atendimento estão se tornando mais diversificados e o percentuais do uso de e-mail e das redes sociais para atendimento estão crescendo. Ambos tem 84,8% de utilização, segundo dados das lojas hospedadas na plataforma Nuvem Shop. Com uma característica ainda mais mobile, o terceiro canal mais utilizado pelas lojas para contato é o Whats App, com 83% de preferência. Em seguida, o telefone ainda é um forte aliado no atendimento das empresas, com 62,1%, seguido do chat, e do skype, com 39,4% e 4,2% respectivamente.

“Com a mudança de desktop pro mobile, as redes sociais ganham mais relevância. Uma vez que os consumidores navegam muito por elas através de seus dispositivos móveis, rapidamente se tornaram uma fonte de contato e de venda para lojistas”, continua Sosa. Dentro das redes sociais que mais levam vendas para as lojas, o Instagram representava 17% no quarto trimestre de 2016. No mesmo período de 2017, subiu para 36%.

Compras em datas comemorativas

A nova dinâmica do mercado e a ascensão do e-commerce nos últimos anos trouxeram mudanças ao comportamento de compra do consumidor em datas comemorativas. Datas expressivas do comércio varejista, como dias das Crianças ou Natal, perderam posição no ranking de vendas para a tão esperada Black Friday, enquanto que o dia das mães foi parar em último lugar, considerando as vendas de clientes da Nuvem Shop.

De fato, a Black Friday tem se tornado um fenômeno, dentro e fora da internet nos últimos anos, ao anunciar promoções impactantes e fazer divulgações massivas em todo tipo de mídia. O consumo no BF 2017 esteve acima de todas as principais datas comemorativas. As vendas desse verdadeiro fenômeno ficaram 100% acima de outras datas famosas, como dia dos pais, dia das mães, e dia dos namorados, e 75% acima do Natal e do dia das crianças.

Seguindo uma tendência forte do e-commerce, no que se diz respeito à venda de produtos (desconsiderando os serviços), o segmento de moda representou 60% das vendas da Black Friday 2017, mais que os 55% de 2016.

A BF é uma data nova, com pouco mais de 5 anos, e já ganha espaço com os consumidores, se tornando a mais importante do e-commerce. Diante desse cenário, é preciso estar atento e ser ágil na percepção da necessidade e implementação das mudanças, quando menos se espera, os ventos sopram e a próxima onda de inovação no comportamento do consumidor chega, dita novas tendências. É preciso surfar as novas ondas, para não ficar pra trás.

*Imagem reprodução

Redação

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