Porque a taxa de desemprego é tão importante para o Foodservice

O setor de Alimentação Fora do Lar – Foodservice – também foi duramente impactado pela maior crise econômica da história. Em 2016 perdemos cerca de 650 milhões de visitas em restaurantes no mercado brasileiro, representando uma queda de aproximadamente 5% no volume de tráfego anual.

Há muito tempo analisamos quais fatores proporcionam um ambiente favorável ou desfavorável para o crescimento do Foodservice, afinal todos queremos saber quais as perspectivas do setor para fazer nosso planejamento de vendas, decisões de investimentos, etc. e essa análise se mostrou ainda mais importante, dado as recentes volatilidades dos indicadores macroeconômicos e as incertezas impostas.

O setor de Foodservice obedece às mesmas regras de qualquer outro setor de consumo, ou seja, ele dependente principalmente da taxa de desemprego, da renda das famílias, do crédito (nesse caso, da disponibilidade de renda) e da confiança das pessoas. Ao analisar com maior profundidade esses aspectos, constatamos que o setor apresenta uma dependência muito maior em relação ao emprego do que outros segmentos de consumo, não só da taxa de desemprego, mas, principalmente, da massa de pessoas empregadas.

A pesquisa CREST, maior estudo do segmento de Foodservice do Brasil e do mundo, aponta que, no Brasil, 79% das refeições fora do lar feitas são por pessoas que de alguma forma trabalham, número totalmente desproporcional, se comparado à configuração da população brasileira.

Outro aspecto importante apontado pela pesquisa é a penetração no Foodservice, ou seja, os entrevistados respondem se fizeram alguma refeição preparada fora do lar no dia anterior. A diferença de penetração mostra claramente a dependência do setor pelo emprego, onde uma pessoa de classe A formalmente empregada tem taxa de penetração de 67%, contra uma pessoa também da classe A desempregada que tem penetração de apenas 30%.

Munidos desses dados e com base em análises de correlação multivariáveis foi possível projetar/estimar o desempenho do setor utilizando diversas variáveis, mas, principalmente, aquelas relacionadas à massa de pessoas trabalhando.

Dado o cenário atual e com as perspectivas que temos para o cenário econômico, estimamos que o setor apresente um interessante crescimento de faturamento médio anual de 5,8% ao ano de 2018 a 2020.

Obviamente não esperamos que esse crescimento seja linear entre segmentos, ocasiões, tipos de comidas e bebidas, portanto, cabe aos operadores de foodservice e à indústria que abastece o setor entender profundamente as oportunidades e ocasiões de consumo chave para alavancar seus negócios.

PARA ACESSAR MAIS INFORMAÇÕES:

A Pesquisa CREST é a maior e mais robusta pesquisa do setor de Foodservice no Brasil e no mundo, com 72.000 entrevistados por ano apenas no Brasil. Para saber mais sobre a pesquisa CREST, envie um email para eduardo.yamashita@gsmd.com.br.

*Imagem reprodução

Eduardo Yamashita

Eduardo Yamashita

Eduardo Yamashita é COO da Gouvêa Ecosystem, empresa que contribui para a expansão e a transformação do mercado de consumo e varejo brasileiro com uma plataforma estratégica de unidades de negócios, produtos e serviços.

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Comentários 2

  1. RICARDO FIGUEIREDO says:

    Eu ficaria mais feliz se conseguisse ver os dados dos gráficos …

  2. Muito elucidativa essa matéria .

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